segunda-feira, 22 de novembro de 2010

diário4 ─ capítulo 2

Bon soir, monsieur Ramos. Aujourd'hui je dejeune au RU. Agora em francês, sou chique. Hoje teve galinha assada (já tem dois que que estou à base de frango assado). Bom, o resto é o de sempre. Nada mais a declarar, a não ser, me curei daquele probleminha.

Que problema, senhor? Eu não te falei de um problema alguns capítulos bem atrás? Uma obsessão. Bom estou menos dependente. E posso até dizer que estou curado. Já não me faz tanta falta, já consigo não sentir a mesma coisa que sentia. Por que? Bom, não sinto mais o mesmo com a mesma força.

Estou de barriga cheia, quero desfrutar deste momento, mas tenho que ir pra sala. Bonne soirée, monsieur Ramos. A bientôt.

parte 02 ─ de noite


Neste capítulo gostaria de falar sobre algo interessante. Por tantas vezes escrevi isto que no final sempre escrevia sobre qualquer coisa e achava que esta mesma coisa ficava interessante.
Senhor Ramos, não é o se faz, é o que acredita fazer. Por mais que eu tenha escrito coisas que no final achava que eram uma merda, foi por que eu sempre escrevi como se estivesse escrevendo uma merda. Não preciso entrar ou descobrir meu estilo de escrita. Preciso acreditar que posso escrever independente de como vai sair no final.

Acho que isto deveria fazer parte de um livro de auto ajuda.

Na verdade, por mais que tenha aprendido a viver a vida como as mulheres trabalham em seus afazeres, não sou mulher e não consigo dar atenção de qualidade à duas coisas ao mesmo tempo. Pra mim, agora, neste momento, a atenção deve ser dividida apenas com o objetivo principal e os métodos que devo usar para alcançá-lo com exatidão e eficácia. Uma coisa só por vez e dedicação total sobre esta coisa até terminar com ela.

Priorizar não adianta. Coisas sem importância alguma podem passar na frente à qualquer momento. Senhor Ramos, o que eu estou sugerindo é que o senhor ou qualquer pessoa que esteja com muitos problemas difíceis de resolver é o seguinte: escolha o problema de solução mais fácil, depois o menos fácil, assim por diante até chegar no problema mais complicado. Se não funcionar, procure dos problemas o menor pior e resolva primeiro. Se ainda assim não funcionar. Escolha qualquer um e resolva ele, somente ele. Depois outro e outro. Um destes métodos vai ajudar e muito.

Depois que os descobri, então... Não posso mais fazer o que fazia. Já tomei vergonha na cara e aprendi o que devia ter aprendidohá um bom tempo. Não tenho mais desculpas. Estou velho demais pra cometer erros infantis. Velho, odeio esta palavra. Mas isto é papo pra outro capítulo. Bye bye.

A bientôt, monsieur Ramos.

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