domingo, 23 de outubro de 2011

O velho e o novo

Era uma vez dois macacos. Ambos educados, bem vestidos. Um deles era velho, já estava próximo da aposentadoria. O outro estava se preparando para começar no emprego no outro dia.
O macaco velho desejava mais algum tempo para poder pagar com mérito suas dívidas antes de definitivamente se aposentar. O mais novo queria mais algum tempo para se acostumar a vida adulta.

A sociedade dos primata nunca fora permissiva aos seus conviventes. E todos, dos anciãos aos recém-nascidos, sabiam disso. Ser permissivo numa sociedade tão dura era igual ser injusto. Um macaco recebia regalias que muitos outros não teriam. Mas também ser rígido não parecia o mais justo.

E como ambos sabiam disto, tanto o macaco velho quanto o novo resolveram refazer as regras da sociedade. O mais velho convenceu-se de que se pudesse convencer mais pessoas de que a sociedade deveria ser mais permissiva teria um novo conselho somente para indagar ao povo sobre como deveriam ser as novas regras. E convencera também o macaco jovem para que chamasse seus amigos e conhecidos e formasse uma junta para criar massa na briga.

E foi o que ele fizera naquela mesma tarde. O macaco novo fora para casa e chamara todos que conhecia. Todos que sabia que não teriam problemas em se envolver na mudança.
O mesmo fez o outro macaco. Mas este obteve mais sucesso na sua investida, pois seus amigos não tinham mais nada que perder nesta vida. E eles chamaram outros macacos tão ou mais velhos quanto.
E estes chamaram mais e mais pessoas. E todas vieram.

E então os dois se reuniram na noite daquele mesmo dia com todos os que foram chamados. De um lado vieram todos os que foram chamados em sequência pelo macaco velho, seus amigos, amigos de amigos e conhecidos, além de conhecidos de conhecidos. E este bolo incluía todos os amigos, conhecidos, colegas e parentes do macaco mais jovem. E do outro lado, apenas um bela macaca aparecera para dar apoio ao jovem macaco.

Instigado pelo inconveniente, o macaco mais novo perguntara ao mais velho o porque de tanta gente alí reunida do seu lado e raras do seu próprio lado. E o velho respondera:
-- Convenci a todos os meus amigos mais influentes de que uma sociedade rígida não dura mais do que o suficiente para renovar a sociedade. Regras sociais devem se basear no bem de todos e também na felicidade de poucos, sem deixar de considerar as consequências disto.
E o macaco velho perguntou-lhe o mesmo. E ele respondera:
-- Falei sobre o que estamos tentando mudar e sobre o quão difícil será nossa batalha.

O velho macaco então ponderou um pouco sobre a resposta do jovem macaco. E ficou algum tempo tentando entender por que seu discurso sobre melhorias influenciara mais do que o discurso sobre mudanças e possíveis problemas. E ainda assim não entendera. E então perguntara em voz alta a todos que ali estavam:
-- Amigos, conhecidos e parentes, por qual motivo vocês se juntaram na nossa empreitada?
A maioria houvera discordado em algum ponto, mas todos concordavam que uma nova sociedade deveria ser alcançada, pois do jeito que estava não deveria ficar.
E então começara o discurso e pedira que mais pessoas fossem chamadas até que todos os cidadãos exigissem e fossem escutados em peso para que houvessem maiores oportunidades para todos os cidadãos, fossem eles velhos ou novos. E todos eles concordaram e continuaram chamando mais pessoas.

E da mesma forma, todos os macacos se recusavam quando se falava de problemas futuros e aceitavam quando se tratava de mudança. Ainda assim, o jovem macaco não mudara seu discurso, as mudara pequenos detalhes, como a abordagem. E ainda assim nenhuma pessoa estivera tão firme e forte ao seu lado quanto a bela macaca.

E mesmo quando todas as pessoas foram chamadas, todos os macacos. Nenhuma pessoa considerara os problemas e nem mesmo em ouvir o que poderia acontecer. Então o jovem macaco desistiu de tentar chamar alguém.

E no final todos que estavam ali concordaram em modificar as regras sociais. E o velho pode trabalhar até o momento que achasse necessário para que pudesse terminar o que queria terminar. E o jovem conseguira a op;'ao de entrar paa a vida adulta quando achasse que era a hora.

Todos que foram a luta conseguiram alguma coisa. Mesmo a bela macaca. Mas o jovem nao ficou satisfeito, embora tenha se tornado adulto e continuado sua vida.


Moral da historia: Todo mundo quer o que é facil, e ninguem quer dificuldade na vida.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O guarda-chuva

Era um interessante dia de chuva na cidade que mais ensolarada do país.
Chovia desde o início da semana, a cidade estava toda alagada. E ventava muito.
A chuva tendia a lavar tudo o que havia pela frente. De pó a terra.
Embora no meio da chuva viesse alguém escondido por sobre o guarda-chuva.
Um guarda-chuva azul com vários desenhos quadrados.
E o vento soprava. Soprava não com toda a sua força, pois resultaria num acidente grave.
Mas soprava.
E embora soprasse quem estava escondido por sob o guarda-chuva conseguia manter firme o guarda-chuva.
O vento então ficou curioso de quem seria ele. E então começou a soprar de todos os lados.
E ainda assim, quem quer que fosse, se manteve forte sob o guarda-chuva.
E quanto mais forte soprasse, mais forte o indivíduo parecia.
E então o vento parou com o esbanjamento de força e deixou o indivíduo seguir seu caminho.

Mas não havia parado de chover.
Aquele que se escondia sob a proteção do guarda-chuva mantinha-o aberto e sobre sua cabeça, evitando ao máximo se molhar.
E quando chegara ao seu destino, o indivíduo mostrou sua face ao vento e à chuva.
Era apenas um menino frágil tentando chegar em casa.

Moral da história: Os acontecimentos te levam apenas se você quiser que eles te levem.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Ein großen dick mit der Liebe

Sr. Ramos, hoje foi um dia como todos os outros.
Acordei de madrugada com a porcaria do horário de verão.

Não tive a primeira aula.
Tive prova de alemão.
Tive que ir assistir aula de lógica I.

Mas tudo o que eu adoraria fazer nunca vou poder fazer.
Estou pensando num jeito de dizer educadamente "não é da sua conta".
Hoje estou um misto de várias sensações:
Carente, irritado, cansado, desanimado, deprimido,
desestimulado, enraivecido, construindo uma bomba atômica de efeito
autocombustor, entre outras coisas.

Faria qualquer coisa pela realização de um desejo em especial...
Que parte de "estou pensando num jeito educado de dizer 'não é da
sua conta'" o senhor não entendeu?

Só não estou mesntruando, mas estou praticmente na tpm.
Não vou dizer o que iria dizer neste momento.

Mas aceitaria super de boa renovar meu contrato de estaiário.
Sei lá. Estou pensando em compensar o semestre e embarcar
fundo nos estudo do alemão e ou outra língua e, assim que descobrir o que eu quero,
eu pretendo pegar uma bolsa sanduíche, ou integral de cara e
fazer tudo o que me arrependo de ainda não ter feito.

Deveria botar o título deste blog de "o diário de um virgem".
Mas não, vou continuar com meus objetivos até terminar todos eles.
Sei o que não quero para minha vida. E quando eu terminar,
quero ter feito tudo de que serei capaz de me arrepender.

Se é que alguém vai traduzir o título, não é?
Só posso dizer o seguinte: É um pedaço de um dos meus maiores segredos.
Somente quem estiver disposto a saber o quão longe ele vai
é que vai saber o que significa.

Sabe de uma coisa: A morte me parece a cada dia mais bonita.
É como se eu tentasse comparar um campo de explosivos marinhos ensanguetado
com uma quadra de natação cheia de plantas aquáticas floridas e coloridas.
E a primeira imagem ser a vida.

Não quero mais carregar o livro da vida, ele apenas condena a não existência.
Eu quero fazer parte de seu interior. Me tornar brinquedo da sorte,
e ser guardado pela sua babá: o destino.

As pessoas que eu amo, se é que eu amo, vou continuar amando.
Evocê é Excessão. Te amo como se deve amar um pai. Você me entende.
E é disso que preciso. Ich liebe dich.