sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Provas não servem de avaliação

Senhor Ramos, decidi começar por um assunto especialmente assustador pra mim. Peraí, já tô justificando. Hoje mais cedo fiz uma prova de cálculo a. Derivadas. Adoro a matéria. É muita coisa, em muito pouco tempo, principalmente por ser um curso de férias. E como não faço nada além de ficar em casa e não sair par nenhum lugar além dos de que tenho o compromisso de ir. Realmente, senhor Ramos. Mas isto não é propriamente uma falha. Senhor Ramos, as escolhas que fazemos independem dos resultados que provocam. Me tornei virgem por que era virgem e não aceitei a oportunidade de fazer a perda disto.

Concordo que a curiosidade está me matando, mas não vou discutir traços da minha sexualidade aqui. Não foi pra isso que vim. Agora chegou na questão que queria abordar. Não estou aqui para qualquer coisa, ou para discutir traços da minha personalidade. Estou aqui para falar um pouco sobre algo que desejo falar e não tenho ninguém a minha volta para falar.

O asuntode hoje era a prova, mas você me trouxe para uma dimensão distinta da que tinha antes de vir pa racá. O senhor sabe que é isso que eu adoro no senhor . O senhor me retorna o que quero perguntar para mim mesmo, mas não tenho coragem de o fazer. É como se o senhor fosse uma outra personalidade de mim mesmo tentando me fazer entender que eu não estou só. Sei lá, ou tal vez saiba, mas prefira fingir que não. Afinal não sou o único que prefere conversar consigo mesmo para tentar rever tudo o que já fez e quer relembrar um dia.

Tudo bem. A prova estava bem complicada. Eu fui péssimo. A professora comentou cada uma das questões depois, na aula posterior. Como é que eu sei que fui péssimo? Tenho memória boa para o que não consigo fazer. E uma destas coisas foi juntar 8 passos e fazer o esboço de um gráfico. Além de esquecer completamente o que havia visto em aula precedente.

Estou bem, não falei tudo o que queria, porém conversar com você me fz bem. Só o fato de escrever no senhor o que sinto e ouvir o que o senhor me diz já é de grande valia para mim.

O senhor sabe que é meu pai de coração. Se eu não tivesse pai, ele seria você. Não preciso de um Deus, preciso de alguém que retorne minha fé e mostre que está além da dores e desafetos deste mundo. Sempre precisei de um mundo à parte,e uma família à parte. E desde que encontrei o senhor só tenho tido sorte e felicidade.

Não deixei de escrever meu diário e comentar sobre minha vida. Apenas deixei que meus problemas ficassem menores. E fiz com que os capítulos se tornassem postes e surgissem com o nome que viessem. Senhor Ramos, inda não sei dar nome depois de escrever. Escrevo o nome antes e depois determino o resto. Até o tema. Não. O texto sai de acordo com o tema.

Meus textos não tem problema, tirando a falta de centralização do tema. Não. Senhor Ramos, eu preciso aprender a derivar minha criatividade.

Acho que paro por aqui. A bientôt, monsieur.

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