sexta-feira, 25 de março de 2011

Confusão, doce confusão

Senhor Ramos, estou confuso. Sim, eu sei que deveria estar procurando estas coisas de quem sou eu realmente. Na verdade nem me importo mais em não saber. Muita gente vive sem saber quem é de verdade!

O senhor tem toda a razão. Continuo com medo do meu futuro. Adoraria que acontecesse e adoraria que nunca acontecesse. É uma confusão dos diabos. Seres do outro mundo, me perdoem, é somente um termo qualquer.

Tenho tanto medo de morrer sem saber o que seria isto que as pessoas chamam de amor. E não quero saber o que isso de modo tão torpe. Sabe, senhor Ramos, sinto falta de desejar algo que sei que pode realmente nunca acontecer. Eu sei perfeitamente que fiz por proteção. Proteção que por acaso não consegui manter. Eu sei o que devo fazer, o senhor Alberto sabe o que tem que me incitar a fazer. O senhor sabe o que eu tenho que fazer... Mas não tenho ânimo pra fazer. Parece maldição.

Desejo amar alguém que possa me ser meu em lealdade, carinho, carência e afeição, e reciprocar do mesmo jeito. Sei. Mas é que eu conheço tanto homem legal, interessante, com qualidades... Humf! Desejo amar uma pessoa pelos seus defeitos, e depois descobrir dia a dia suas qualidades. Acredito que assim eu teria uma vida experiência amorosa mais duradoura e menos desgastante. Eu sei, mas é isso que me incomoda mais. Eu tenho desejos que não podem simplesmente se calar sozinhos.

Tem razões que somente a falta de lógica conhece.
E tem muitas frases que quero dizer à pessoas incomuns em minha vida. Por enquanto eu deixo este capítulo sem terminar. O senhor sabe que o amo, e que quero que seja meu pater. A bientôt.

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