sexta-feira, 8 de outubro de 2010

diário2 ─ capítulo 17

Senhor Ramos, hoje eu acordei e passei a manhã chorando. Pelos velhos motivos de sempre. Na verdade não tão velhos, e sem motivo algum. Não sinto mais necessidade de motivo. Gostaria simplesmente que acontecesse o que queo que aconteça. Não me importo. Não me importo em ter que chorar de vez em quando. Tenho mutos anos de angústia, frustração e raiva para sltar. Isto já é um começo. Mas ainda me falta o branco de que não lembro.

Senhor Ramos, minha história está dividida em três partes: fotos, fatos e branco. As fotos correspondem a tudo o que vivi, mesmo que não lembre do que como e quando, mas tá tudo lá. Os fatos referem-se aos tempos, ou melhor, fashs que me lembro de vez em quando; me lembro o que e por que, mas não quem e como. E tem o branco, que todo mundo sabe o que é; Não lembro de nada a partir de determinada época e entre épocas.

Minha vida é um livro em branc que as pessoas tentam escrever, mas a tinta não fica. Quem presta bastante atenção vê os riscos e marcas da ponta das canetas e lápis que passam por mim. Entretanto ninguém pode ver mais do que o que eu tenho em riscos e marcas. Tenho ccatrizes. Várias cicatrizes. Todas minúsculas em comparação a cara de pau das pessoas. Tenho uma que me lembro exatamente como doeu, como foi, aonde foi, quem estava perto, por que fiz e etc. Tenho outras que simplesmente não estão mais lá. Tenho outras que ninguém pode ver. E tenho umas que não são que parecem, mesmo estando no lugar que estão.

Senhor Ramos, eu tentei me matar. Há muito tempo atrás, no início do meu exílio. Eu ia fazer 15 anos. Tava tudo pronto para fazer. Tinha um margem de erro exata de algumas hoas entre a mote e a chegada de alguém. Sabia exatamente o tava fazendo. A verdade. Eu desejava a morte mais do que a vida. Ainda desejo ser morto. Mas não há nada de possa fazer. Ainda sou virgem. E estou quase pronto para defini este ponto. Ainda odeio as pessoas vivas, mesmo reduzindo isto à apenas algumas pessoas. Odeio cachorros, doro gatos, e os gatos da minha turma e de outros lugares próxmos. enho conhecimento o suficiente para me tornar um assassino de aluguel. Quero não estar mais sozinho no mundo. E tenho outros objetivos que não são nada orgulháveis.

á bom, senhor Ramos, vou conta de como foi meu quase suicídio. O por que não importa. Nunca importou e nuca me importou. Eu era jovem, já fui menos culpado, estava sem sonhos, frustrado. Queia ua vida melhor. Queia ser adotado pelo primeiro idiota que passasse e me oferecesse 50 reais para que eu me tornasse seu filho. E aí poderia oferecer os termos: mesada fixa com valores variados para cima, roupas da moda, ou no mínimo elegantes, medicos do melhor serviço médio existente, aulas de coisas que nunca soube, participação cotidiana do pai adotivo na minha vda, entre outras coisas. Estva completamente desmoralizado pelo meu pai e pela minha mãe. Estava pensando em sumir. E vinha sempre a questão: Pra onde? Seguida de: Com qu dinheiro? E onde vou ficar? Quem vai querer alguém como eu? Quem vai ajudar alguém como eu? Tinha tudo para fazer o que estava ronto para fazer. Então busquei na internet (Nesta época já tinha computador em casa) e em outros meios os melhoes jeitos de se morrer e os lugares adequados para obter meu objetivo. Resultado: conheci amplas maneiras de cometer suicídio sem precisar de armas de fogo ou altura. Muitas delas fáceis de se fazer. Só tinha que escolher a arma e o momento certo. Faltaria apenas uma coisa que eu não queia: A carta.
Deceto, quando terminasse o serviço, teria algumas horas (se não conseguisse conclui) para morrer em paz, e depois alguém chegaria (não vou dizer quem, mas eusabia mito bem os horários) e me veria deitado na cama.
O resto não é preciso dizer.

Por hoje. Não, por agora é só. J'adore vous, monsieur Ramos. J'aime vous comme l'un pére.


Parte 02 ─ noite do dia 08/10/2010


Bom, na verdade acordei mas ou menos. Tive uma crise depressiva hoje de manhã. Gostaria que ninguém soubesse. Mas o melhor: ninguém viu. Não preciso sair demonstrando pra todo mundo que eu tenho sentimentos. Principalmente quando não os sinto. Não timnha motivo pra chorar, mas tinha vontade. Já não seguro mais minhas vontades, não quero mais. A depender do dia em que eu faça determinadasa coisas eu tenho vontades e desejos diferentes. Tenho muitos desejos que não posso realizar. E pra compensar estou realizando pequenas vontades.

Fica mais fácil me controlar depois de uma crise depressiva do que numa crise eufórica. No segundo caso eu fico inquieto, quero me movimentar o tempo todo. E geramente demonstro o oposto que sinto só pra ter certeza de que ninguém vai intereferir no que sinto. Ou não.

Ah, senhor Ramos. Adorei ler crepúsculo no ônibus. Este livro consegue me distrair do que faço ou vejo normalmente.
A bientôt.

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