domingo, 24 de outubro de 2010

diário3 ─ capítulo 04

Olá, senhor Ramos. Hoje fui estudar com uma colega. Não senhor, foi apenas estudo. Conheci um pouco mais o Barbalho. Conheci um pouco mais sobre derivada de seno e cosseno. E descobri que não sei por que é que a derivada do seno é cos e a derivada do cosseno é -seno.

Ah, senhor Ramos, hoje eu pensei em tantas coisas. Senhor Alberto nãome deixou seguir adiante. Ele tem razão. Quando penso fico deprimido. Atualmente é assim. Não consigo sequer pensar algo relacionado à você sabe quem que fico com vontade de sumir e ir chorar. Não me importa o quanto eu estou deprimido ou o quanto vai levar até que consiga esquecer quem quero esquecer, mas eu vou esquecer. E vou mudar completamente. Aos poucos, e totalmente. Já comecei o processo.

Senhor Ramos, eu adoraria que algo acontecesse agora na minha vida e eu fosse chamado para a guerra. No meio da morte eu me sentiria mais perto de casa. Eu vejo na morte um bom futuro. Será que devo me tornar um agente funerário? Nãão. Mas também adoro palavras. Adoro números, quando morrendo de dor de cabeça. Estou mais livre prafalar a verdade.

Sabe, agora cheguei no ponto que me fez lembrar o que queria te dizer. Hoje de manhã, eu tava lavando um sapato. Aí veio duas crente (sem concordância nominal, por que é uma história que deve ser contada como aconteceu) elas vieram e um me perguntou se poderiam conversar comigo. Qual minha resposta? Não, não consegui mentir. Não pensei, apenas disse não, estou ocupado. Não pensei em fazer isto, mas gostei. Só o fato dela ter ficado sem graça e ir embora já me deixou satisfeito.

Não me importo de dizer isto mais: Eu odeio crentes. E não me importo mais de revelar o meu fascínio pelo ódio aos evangélicos. Não me importo que sejam evangélicos ou crentes, desde de que fiquem bem longe de mim. Não estou mais com paciência pra ficar ouvindo blá blá blá de crente mentiroso que acha que a própria religião é a correta. E única que deve existir.

Por hoje é só.

A bientôt, monsieur Ramos.

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