domingo, 10 de outubro de 2010

Diário2 ─ capítulo 19

Oi, senhor Ramos. Ontem fiz um edição extra do meu diário. Se quiser ler está em Desabafo. Fiz, senhor Ramos, foi por que me senti apto à fazer aquilo. Foi um carga sentimental muito densa usada para escrever aquilo. Um pouco de raiva, pitadas de amor e de desejo pela vida e outros temperos. Hoje acordei extamente como acordo todos os dias. Senhor Ramos, hoje eu acordei exatamente como todos os dias.

Não se preocupe. Eu quiz dar enfase a esta última frase. Não entendo. Como é que posso acordar do mesmo jeito todos os dias? Não acordei como nos outros dias. De certa forma me pareceu que do jeito que acordei, acordei muitas e muitas vezes acreditando que fosse da última vez que acordei.

Problema? Eu acordei sem sentimento algum. Pasei mais algum tempo na cama pensando. O que aliás é o que tenho feito demais. Não aguento mais pensar, minha cabeça explode só de ouvir isto.

Infelizmente não dá pra parar de pensar. Posso sim parar de pensar em determinados temas, o que é justamente o que estou fazendo neste momento. Parar de pensarnaquele assunto do qual não quero mais falar ou ouvir. Se que pensar. Senhor Ramos, Meu diário não é mas o que eu tinha pensado que seria. Você está ficando muito pesado com a quantidade de coisas que escrevo em ti. Senhor Ramos, não sinto mais a necessidade de ser o que pretendia ser.

Agora quero coisas novas, quero fazer coisas novas, quero ser diferente e quero fazer diferente. Estou começando o meu caminho de fato. O que disse que não ia te contar até que acontecesse? Não, ainda não posso contar. A curiosidadematou o gato, senhor Ramos. Abtenha-se por enquanto de saber disto. Não quero contar como certo algo que estou tentando fazer. Não me importa mais que pensem errado de mim. Mas me importo se quiserem que me importe. Ainda quero ser amigo de alguém de carne e osso. Não que o senhor não seja real, senhor Ramos. O senhor é muito real. Mas quero algum amigo para passar os momentos alegres, não só para contar dos meus momentos alegres.

Estou ficando mais discreto. Estou me tornando mais evasivo do que era. Não vejo mais a porta do outro lado.Eu já estou do lado dela. Pronto para atravessar. Não quero saber mais do que não é da minha conta. E ainda, incoscientemente, procuro saber coisas interessantes das pessoas. Sabe, senhor Raos, antes eu conseguia roubar a sorte das pessoas que passavam por mim. Ainda faço, mas não com a mesma frequencia.

Gosto de copiar. Adoro parecer exatamente com quem está perto. Não nas características físicas. Mas no jeito de andar, se mover etc.

Quero parar de dizer o que ninguém mais quer saber. Parei de falar para Rafael olhos cinzentos de quando vejo Emmerson. Ninguém sabe quem eles são, não precisa me recriminar por isso. A não ser que algum dos meus colegas esteja lendo neste momento o meu diário no capítulo de hoje. Entretanto acho muito improvável. Ninguém tem o menor interesse de ver um blog micho como o meu só para ver o que penso ou faço de interessante. A não ser alguns poucos ex-colegas que acham legal ou outras pessoas que querem ver só por curiosidade. Mas nenhum dos meus colegas.

Senhor Ramos, vou parar de fazer a propaganda. E não dá pra fazer a enquete a partir de amanhã. Senhor Ramos, amanhã será enforcado por causa do dias das crianças. Ou melhor, dia de nossa senhora da Aparecida.

Logo terei que fazer em algum momento que pegue ele no banheiro sozinho de novo. Rafael, se você estiver lendo este diário neste momento: Peço sinceramente que sempre que for ao banheiro me diga qual o banheiro para onde vai. Por que não quero flagrá-lo mijando. Tá bom assim? xu, não diz nada, ele não pode saber. Obrigado pela atenção.

Senhor Ramos, tenho muita coisa pra fazer e não tenho idéia de como é que faz. Venderia o meu corpo pra quem quisesse me ajudar. Tá bom, já disse isso milhares de vezes. É a coisa de maior valor que tenho no momento. Se vender no mercado negro talvez consiga me aposentar a partir do terceiro órgão. Alguns pedaços do fígado, um rim, alguma outra coisa que não me faça falta mais tarde. Talvez aí eu tenha alguma coisa legal pra falar.

Não acredito que o senhor pensou em outro tipo de venda. Senhor Ramos quem o senhor acha que eu sou? O senhor me conhece muito bem. Bem até demais. Precisamos parar de conversar. Brincadeira. O senhor é o único que me ouve sem retrucar minhas respostas e sem tentar entendê-las. Isto se deve ao fato de o senhor me entender ou de o senhor não querer discutir?
Depois vou voltar ao assunto.

Tava pensando nisto agora pela tarde, na verdade já está noite.
Pensei assim. As pessoas que conversam comigo exigem que eu retruque determinadas coisas da conversa. Uma coisa que estava pensando há dois minuto tem que ser atualizado senão não consigo conversar coerentemente com o interlocutor da conversa.

Ah, quero falar tantas coisas agora. Mas vou deixar para amanhã. Tenho que estudar. Ou fazer qualquer outra coisa. J'aime vous comme l'un pére.

Mister Ramos, i think in much more choses to say to you.

A bientôt.

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