sexta-feira, 29 de outubro de 2010

conto do herói ─ parte 03

Recapitulando: Nos episódios anteriores, Bete, nossa protagonista, cresce e treina num grupo de guerreiras. Depois de algum tempo, e de crescida, seu pai lhe trás um pretendente para casar-lhe com ele. Bete foge pelo mundo afora para que não agrida seu pai. Bete vai parar numa cidade próxima vestida de homem, para evitar ser reconhecida. Porém nossa protagonista entra numa encrenca por causa da sua boa índole e dedicação.

Bete, depois de contar toda a verdade para a mulher, pedi-lhe profundo segredo, para que não diga à mais ninguém que ele na verdade é ela. No começo tudo fica mais fácil. Até que sua verdadeira personalidade acaba vazando de mulher em mulher e chega aos ouvidos de seu chefe. Ele de início não se importa, afinal, Bete é um homem dedicado e atencioso. E qu nunca entra em problemas a não ser que a encrenca venha até ele.

Mas depois ele fica curioso pelo motivo de Bete ser um travesti masculino. E parte em busca de explicações, que não vem da própria Bete. Bete não sabe o que fazer, la percebe que seu chefe partiu por seu motivo. O que ela pode fazer está longe de seus planos, afinal se já foi descoberta uma vez, por que não pode ser outra.

Bete então calcula dois planos. No plano "A": ela foge, some como uma donzela em perigo e pode se tornar o que não gosta nas sas atuais amigas. Plano "B": ela fica e aguarda seu pai, mas, como sabe que seu pai não é lá flor que se cheire e que ela é bem pior e não vai sossegar até se ver livre de seu pretendente, parte pra ignorância só pra se manter bem e sossegada por algum tempo. Entretanto havia um plano "c" em que ela não pensou: Pedir ajuda às suas antigas amigas de infância.

O chefe chega com uma decisão tomada, Bete não será declarada encontrada. Será declarada morta. Para surpresa dele e das mulheres Bete resolve enfrentar seu pai. Ela não quer que sua mãe sofra po uma morte não ocorrida. Bete vai em retorno à sua casa para conversar com sua mãe e seu pai e desafiar seu pretendente e seu pai para um briga. Bete não está mais afim de se esconder. E nunca conseguiriase esconder para sempre. Bete conhecia todas as armas que poderia usar contra seu pai e contra seu casamento. E mesmo o que deveria fazer. Bete pensou bastante e se foi.

Dias depois Bete reparece toda rasgada, vestida com suas roupas costumeiras de mulher. Seu pai a encontra na praça feito uma mendiga. A leva para casa. Sua mãe limpa a maquiagem que simbolizavam seus ferimentos. E então Bete e seu pai conversam:
─Por que fugistes, minha filha? ─Ele pergunta sem nenhum rancor ou sinal de raiva no tom de voz.
─Por que quer me casar tão jovem, pai?
─Por que quero que te tornes uma moça direita. Não uma vagabunda como estas que se pegam nos bordéis.
─Pois então, pai, respeite-me como sou. Não preciso de homem algum, ou marido algum para me tornar uma mulher diretita. Se é marido que preciso, arranjo eu mesma. Se é respeito, eu faço com que me respeitem. Se é dinheiro, não me importo de trabalhar para sustentar meu padrão de vida.
Seu pai se envoca com a última frase.
─Tu não podes agir feito homem. Tu és uma boa menina, e deverás se tornar uma boa mulher para teu marido.
─Lamento, pai, mas já conheço os homens melhor do que deveria conhecer à um marido. Não quero um vagabundo pra pagar as contas e fazer filhos. Quero mais que isso pra minha vida.
─Estás a insinuar que sou um vagabundo e só sirvo para fazer filhos na tua mãe?
─Sim, estou a insinuar. Insinuar não, estou a dizer-lhe isto, pai. Não quero homem algum em minha vda para estragar-me ela. Se me quer como filha aqui é assim que deve ser. Senão adeus, pois volto para as ruas a me perder de vez.
─Já lhe tiro isto da cabeça... ─seu pai pega um sinto de trás da porta e ameaça bater nela.
─Não se atreva.
Seu desce-lhe a primeira chibatada com o cinto. Porém o não a acerta. Depois disto Bete revida quebrando o braço de seu pai, o que carrega o cinto. E o outro para prová-lo de que não se importa em receber castigos à toa. Sua mãe manda-a ir embora dali. E vai acudir a seu pai.
─Até nunca mais. Mãe, nunca me verá de novo. É isto que quer?
─Não, mas não posso viver sem teu pai. Não sei viver outra vida além desta. Agora vá embora e não volte mais.

Bete sai disparada pelas ruas. Volta ao seu trabalho, vestida de homem, é claro. Seu chefe conforta-lhe e lhe diz coisas que diria à uma filha. Contou um pouco de sua história e da história de sua mãe, que foi uma história parecida. Bete tirou o dia de folga. Equanto isto as suas amigas, quando paravam, iam lhe confortar.

continua...

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