terça-feira, 7 de setembro de 2010

O mísero louvável

dunga. os sete ah não! anão, os sete anões, anão. Baixo pequeno mínimo ínfimo minúsculo.
Era uma vez um menino muito pequeno. Tão pequeno que as pessoas eram obrigadas a se ajoelhar quando falavam com ele. Ele era filho de um grande rei de coração nobre que, ao morrer, pediu para que as pessoas se ajoelhassem para falar com o seu filho devido a sua baixa estatura. Os súditos deste rei receberam este pedido com imensa honra. Entretanto o filho do rei não era uma boa pessoa, era ranzinza, genioso e de humor insuportável. As pessoas continuaram a obedecer o rei mesmo depois de tanto.

Um dia o jovem rei foi a cidade e uma pedra minúscula caiu em sua cabeça. Ele, de raiva, mandou enforcar todos que estavam próximos. Ninguém entendeu o motivo da prisão. No dia seguinte um pássaro voou até ele. Ele mandou caçar e fritar o pobre pássaro. E daí por diante suas ações foram ficando piores. Os súditos estavam ficando extremamente irritados com o pequeno filho do rei nobre e começavam a desobedecer as ordensdo rei. E vendo isto ele mandou encarcerar cada pessoa que passava por ele sem se abaixar. Até que no final não residia ninguém na cidade. Nem mesmo os empregados, que já estavam todos encarcerados devido a ordens mal dadas.

Até os carcereiros estavam dentro das prisões superlotadas por não cumprir as ordens do rei. E então, sentindo-se extremamente solitário, o jovem rei mandou prender-se e dirigiu-se para a prisão superlotada mais próxima. Daí ele fez amizade com todos os presos. E então as coisas melhoraram para a cidade.

No começo o rei sentiu fome e viu as pessoas sentindo muita fome. Liberou os cozinheiros para fazer uma grandiosa e farta refeição que estava divina a seu gosto. Depois as pessoas se sentiram cansadas e o rei também, liberou os carpinteiros para que fizessem camas confortáveis para todos que estavam presos. E sentiu frio, liberou todos os tecelões para que fizessem casacos e colchas para esquentar a todos. E sentiu medo, liberou os artesãos para que fizessem abajures e artesanatos para afastar o medo. E sentiu calor, liberou as donas de casa e mercadores para que troussessem água fresca para banhar a todos. E sentiu vontade de pular, liberou todas as crianças para brincar. E sentiu alegria, e então liberou a todos para que voltassem as ruas e s suas vidas e pudessem ser felizes em paz. E desde então todos saem as ruas para se ajoelhar diante de seu novo rei, que mesmo pequeno obrigando a se abaixar para falar-lhe, tornava-se agora louvável e nobre. E desde então as pessoas foram felizes e o jovem rei mais ainda.

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Moral da história: Em terra de cego, quem tem um olho é rei.
Não basta ver, tem que ir bem mais loge se quiser alançar o poder.

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